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CARACTERÍSTICAS GERAIS

Os primeiros organismos vivos que estudaremos são agrupados no reino Monera. Estes procariontes, sem núcleo de nido ou qualquer estrutura membranosa interna, podem ser autotróficos – no caso das cianobactérias – ou heterotróficos – no caso das demais bactérias.
De forma geral, suas células são constituídas por uma membrana citoplasmática que delimita o citoplasma, no qual se encontram ribossomos procariontes, um único cromossomo circular (constituído por uma única molécula de DNA) e plasmídeos. Assim, enquanto as características básicas de uma determinada espécie são determinadas pelo material genético contido no cromossomo (localizado em uma região conhecida como nucleoide), os demais aspectos de um
indivíduo (resistência a antibióticos ou aderência, por exemplo) são conferidos por estes pequenos anéis de DNA chamados plasmídeos (livres de citoplasma), que podem ser transmitidos de uma bactéria à outra.
Externamente à membrana plasmática se encontram a parede celular constituída majoritariamente por substâncias conhecidas como peptidoglicanos (mureína) e, em alguns casos, uma cápsula formada por carboidratos ou proteínas. Deste modo, além das funções de controle exercidas pela membrana, a bactéria conta com um revestimento estrutural de proteção, tanto contra choques mecânicos quanto à desidratação.
Outras estruturas, oriundas dos envoltórios bacterianos, podem estar presentes. Assim, agelos e cílios por vezes são visíveis ao microscópio, desempenhando função de locomoção (mobilidade). Com função de ancoramento e reprodução sexuada (conjugação), muitos indivíduos possuem em sua constituição as fímbrias ou pili, também formadas pela membrana plasmática.

CLASSIFICAÇÃO

Os agrupamentos realizados dentro do reino Monera podem levar em consideração diversas características, como formato e organização molecular. Portanto, além dos nomes pertinentes às espécies, é comum o emprego da nomenclatura morfológica, em que se distinguem cocos, bacilos, vibriões e espirilos.
Por outro lado, a terminologia baseada na complexidade da parede celular também é bastante utilizada, principalmente devido à sua relevância clínica. Esta distinção, desenvolvida em 1884 por Hans Christian Gram, separa as bactérias em dois grupos. De um lado são encontradas espécies com parede celular mais espessa e rígida
que, ainda assim, apresenta menor complexidade. Durante o método de coloração para visualização ao microscópio, tais organismos permanecem corados de roxo, sendo chamados Gram positivos.
As bactérias Gram negativas, que terminam o processo coradas em tons róseos, possuem maior complexidade em sua parede celular. Assim, apesar de possuírem menores quantidades de peptidoglicanos, o que torna a parede mais delgada; externamente a essa camada há uma membrana externa que serve como barreira seletiva à passagem
de algumas substâncias.
A gura a seguir demonstra, resumidamente, as etapas envolvidas neste processo. Assim, através da adição de diferentes reagentes, são separadas as bactérias mais virulentas (Gram negativas) daquelas que apresentam maior capacidade de fixação (Gram positivas).

REPRODUÇÃO

Duas modalidades de reprodução são distinguíveis nos organismos pertencentes a esse grupo. A forma assexuada, conhecida como divisão binária ou cissiparidade, envolve um único indivíduo que, através da duplicação de seu cromossomo, possibilita a ocorrência de uma divisão celular que originará duas células geneticamente idênticas.
Neste processo, ainda que não haja adição à variabilidade genética de uma população, garante-se o seu rápido aumento numérico através de um processo de crescimento exponencial.
Antagonicamente, o processo sexuado amplia a diversidade genética da população de organismos, ainda que demande maior tempo para sua ocorrência, o que pode ser considerado um ponto negativo em sua avaliação. Assim, três são as possibilidades que envolvem a troca de DNA entre duas bactérias: transformação, transdução e conjugação.
Em algumas situações, a morte de bactérias gera a liberação de plasmídeos no meio onde se encontra uma determinada população. Estas moléculas de DNA, então, tornam-se disponíveis aos organismos ainda vivos e a sua captura faz com que estes adquiram novas características, falando-se assim em uma transformação bacteriana.
Em outra situação, um vírus (bacteriófago), ao infectar uma bactéria, pode trazer consigo um fragmento de DNA que seja transportado até outro indivíduo. Neste processo de transdução, o agente viral é o responsável pela combinação do material genético de duas bactérias.
Por m, no processo de conjugação, uma bactéria replica seu plasmídeo e o transmite à outra bactéria. A passagem do DNA de um procarionte a outro depende da formação de uma ponte citoplasmática (pili) que conecta o citoplasma destes dois organismos.

PRINCIPAIS BACTERIOSES

Muitas doenças comuns apresentam como agente patogênico (causador) as bactérias. Estas podem ser transmitidas por diversas vias como a água, o ar, alimentos e relações sexuais sem proteção. Assim, a tabela a seguir apresenta as principais bacterioses, seus agentes causadores e particularidades.

DOENÇA AGENTE VIA DE TRANSMISSÃO PARTICULARIDADES

 

Botulismo

Clostridium botulinum

Ingestão de alimentos no qual houve desenvolvimento da bactéria com liberação de toxina; geralmente alimentos enlatados.

A doença é causada pela toxina presente no alimento ingerido e não pela bactéria, uma vez que esta não sobrevive no corpo.

Gangrena gasosa Tétano

Clostridium novyi;
Clostridium perfringens;
Clostridium septicum

Contaminação acidental de ferimentos profundos.

Os agentes causadores são germes que normalmente habitam o solo. Em geral não são parasitas, só causando doença quando acidentalmente penetram em um ferimento.

Febre tifoide Salmonella typhi Contaminação fecal de água ou alimentos.

A pessoa infectada pode, após o desaparecimento dos sintomas da doença, continuar portando inde nidamente alguns
germes, isto é, tornar-se um portador crônico.

Suas fezes constituirão um perigo constante para a população, pois delas poderão advir epidemias. O controle dessa doença reside fundamentalmente na identificação e fiscalização dos portadores crônicos.

Gastroenterites Salmonella Contaminação fecal de água ou alimentos.

Qualquer espécie de Salmonella pode produzir um ou outro tipo de infecção, erroneamente chamada de intoxicação alimentar.

Disenteria bacilar Shigella Contaminação fecal de água ou alimentos. A mais grave das infecções disentéricas.

Pneumonia

Streptococcus pneumoniae ou Diplococcus pneumoniae

Inalação de ar contaminado. Localiza-se nos pulmões.

Intoxicação alimentar

Micrococcus pyegenes variedade aureus

Ingestão de alimento no qual houve desenvolvimento bacteriano com liberação de toxina.

Os sintomas da doença são causados pela toxina presente no alimento ingerido e não pela proliferação das bactérias.

Gonorreia Neisseria gonorhceae Contato sexual.

Doença sexualmente transmissível.
Uma mãe portadora também pode infectar a criança ao nascer.

Coqueluche Bordetella pertussis Inalação de ar contaminado. Afeta, geralmente, crianças.
A vacinação proporciona controle e faz.

Tuberculose Mycobacterium

tuberculosis Inalação de ar contaminado.

Esses germes atacam normalmente os pulmões, mas podem se localizar em outras partes do corpo, tais como as meninges (membranas que envolvem o cérebro), os ossos e o nervo óptico.

Sífilis Treponema pallidum Contato sexual.

Doença sexualmente transmissível. Uma mãe portadora também pode infectar a criança ao nascer.

Cólera asiática Vibrio cholerae Contaminação fecal de água ou alimentos.

O germe produz uma infecção intestinal grave, que pode levar o indivíduo à morte por perda de líquido.

Meningite epidêmica Neisseria meningitidis Inalação de ar contaminado. Os germes instalam-se nas meninges.

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